
VIII ABAR
2022
Os Eventos da ABAR
Criada em 1997, a Associação Brasileira de Arte Rupestre (ABAR) – instituição científica sem fins lucrativos cujo objetivo é o estudo, a discussão e a divulgação da arte rupestre brasileira - teve sua primeira reunião científica realizada na cidade de São Raimundo Nonato, no Piauí em 2000. As duas reuniões seguintes aconteceram nesta mesma cidade nos anos de 2004 e 2009. A Bahia sediou a terceira e a quarta edição do congresso que foram realizadas em 2010, em Lençóis e, em 2012, em Salvador. As reuniões seguintes aconteceram nas cidades de Teresina (Piauí), em 2014, Canindé do São Francisco (Sergipe), em 2016 e Diamantina (Minas Gerais), em 2018.
Em 2022, Nova Olinda, no Ceará, sediará a VIII Reunião Científica da ABAR, que acontecerá de 5 a 8 de agosto. A cidade escolhida não poderia ser melhor, tendo em vista a temática do evento: “Arte rupestre: ciência, economia criativa e sustentabilidade social”, pois nela está sediada a Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri e o Instituto de Arqueologia do Cariri Dra. Rosiane Limaverde, local onde acontecerá o evento.
No prédio histórico que abriga a Fundação e o Instituto, Alemberg Quindins e sua esposa, e arqueóloga Rosiane Limaverde (In memoriam), criaram um espaço voltado, inicialmente, para estudos e registros da etnomusicologia e mitologia do Cariri cearense, bem como, receber e preservar materiais relacionados ao patrimônio histórico e arqueológico da região. No entanto, o lugar despertou grande interesse, principalmente das crianças e, com o passar do tempo, transformou-se em um importante espaço cultural com múltiplas atividades científicas e socioculturais que tem contribuído fortemente para formação e geração de renda da população local. Um exemplo a ser seguido e que demonstra como o estudo, a divulgação e a valorização do patrimônio arqueológico podem e devem ir muito além dos preceitos ditados pela academia. Com um bom gerenciamento, conhecimento e boa vontade, o patrimônio arqueológico oferece um potencial enorme que pode contribuir positivamente para a mudança de vida das pessoas que vivem próximas aos sítios arqueológicos e que passam a valorizar e a protegê-los mantendo viva a história e a memória dos nossos ancestrais, fortalecendo assim a candidatura de todo o território da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade.
Texto:Edithe Pereira.


