
VIII ABAR
2022
Sessão Temática 1:
Diálogos Interdisciplinares no Estudo da Arte Rupestre.
A cada dia, o estudo da arte rupestre tem envolvido mais áreas do conhecimento, além do senso comum, no sentido de avançar nas questões referentes à interpretação dos dados, na identificação dos materiais envolvidos, na técnica de execução, nos saberes populares e em meios que auxiliem na sua conservação. A presente sessão receberá trabalhos nessas áreas, buscando estabelecer discussões sobre o tema e divulgar o estado atual das pesquisas.
Coordenadores:

Maria Conceição Lage
Doutora em Arqueologia Antropologia Etnologia - Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne) (1987/1990). Mestra em Arqueologia (Diplome D'études Aprofondés) - Université de Paris I Panthéon Sorbonne (1986/1987). Especializada em Arqueologia pela UFPI (1983/1984), e Graduada em Química (Licenciatura e Bacharelado) pelas Faculdades de Filosofia Ciências e Letras Oswaldo Cruz (1980), São Paulo - São Paulo.

Welington Lage
Doutor em Arqueologia pela Universidade de Coimbra (Portugal) (Março de 2018). Mestre em Antropologia e Arqueologia pela Universidade Federal do Piauí (2013). Especialista em Imagem, pela UFPI (2004). Graduado em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Piauí-UFPI (1999).
Sessão Temática 2:
Arte Rupestre, Território e Patrimônio.
A patrimonialização é um processo social que ocorre no presente, por meio dela, nossas sociedades selecionam, através de mecanismos de memória e objetificação, os traços que (re) definem constantemente sua identidade. Na materialidade, a arte rupestre como um fenômeno real, refere-se a uma especialidade do passado e do presente. Em termos de paisagem anterior à conquista portuguesa, entendemos sítios arqueológicos com arte rupestre como marcos que materializaram práticas sociais de estruturação do espaço, segregação e agregação. Atualmente, as nações reconhecem o território como o habitat que de diferentes maneiras são ocupados por determinado grupo indígena, por comunidade tradicional, e isso inclui o direito à terra. Portanto, a territorialidade implica uma ordem que define os direitos legais e sócio comunitários. Portanto, patrimônio e território podem ser entendidos como fenômenos que estão se tornando cada vez mais relevantes como politicamente em disputa.
Coordenadoras:

Suely Amancio Martinelli
Possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal de Sergipe - UFS (1983), Mestrado em Geologia Costeira com trabalho direcionado para paleoambientes e sítios pré-históricos costeiros pela Universidade Federal da Bahia UFBA (2001), Doutorado em Geologia Costeira pela Universidade Federal da Bahia UFBA (2007) e Pós-doutorado em Arqueologia na Universitá di Pisa - Itália (2013).

É Licenciada em Ciências Antropológicas com Orientação em Arqueologia pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires (FFyL-UBA) sob o manejo de recursos culturais nos Parques Nacionais. Possui título de Pós-graduação em Conservação de Arte Rupestre na Universidade Federal de Piauí - UFPI e formação em organismos multilaterais de cooperação internacional como ICCROM y CRESPIAL – UNESCO. É membro permanente da Administração de Parques Nacionais desde 1998 onde coordenou a nível nacional o Programa de Manejo de recursos culturais (2003-2010) e o representou em Comitês Técnicos da UNESCO em Argentina (Comité Argentino de Patrimônio Mundial – Sítios de Patrimônio Mundial Qhapac Ñan, Ischigualasto-Talampaya).
Lorena Ferraro
Sessão Temática 3:
Arte Rupestre, Diálogos, Ética e Participação Comunitária-colaborativa.
A proposta desta sessão busca abarcar a diversidade de experiências de pesquisa, extensão e ensino envolvendo arte rupestre que articulem inclusiva, social, colaborativa e decolonialmente múltiplos sujeitos de conhecimento e de direitos. Assim, busca-se sensorializar e sensibilizar-se junto a diversas perspectivas e experiências plurais de diálogo amplo, inclusive entre humanos e não-humanos, que se entrelacem na/com/através da arte rupestre e das paisagens significativas nas quais a arte se inclui, bem como, junto aos coletivos e comunidades, incluindo os urbanos, que usam, consomem, reusam, produzem e transformam sentidos rupestres de ampla latitude, abrangendo, por fim, múltiplos seres e suas casas de saberes e transformação. A "plurilógica" complexa aqui almejada, todavia, é perpassada por um elemento de articulação central: ética. Não somente de pesquisa, mas uma ética de existência relacional e recíproca entre diferentes ontologias e epistemologias viventes no cosmo. Portanto, as noções plurais possíveis para ética, respeito e reciprocidade são os balizadores fundamentais das diversas experiências que se pretende pôr em diálogo nesta sessão. Temas e abordagens como arqueologia comunitária, arqueologia colaborativa, arqueologia pública, arqueologia social e inclusiva, etnoarqueologia, arqueologia indígena, arqueologia quilombola, arqueologia ribeirinha, arqueologia sertaneja, arqueologia sensível, arqueologia engajada, etnografia arqueológica, arqueologia viva, arqueologia do presente, entre outras são especialmente convidadas a se envolverem sensorial e sensivelmente, epistêmica e ontologicamente com a proposta desta sessão.
Coordenadores:

Raoni Valle
Arqueólogo especializado em etnoarqueologia da arte rupestre na Amazônia; Professor adjunto 1 no Programa de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal do Oeste do Pará - UFOPA; Coordena o Laboratório de Antropologia Visual e Arqueologia da Imagem - LAVAI. Mestre em História pela UFPE (2003) e doutor em Arqueologia pela USP (2012).

Higino Pimentel (Poani Tuyuka)
Professor, historiador e filósofo do povo Tuyuka do Alto rio Negro, estado do Amazonas. Pesquisador indígena de arte rupestre e membro honorário da Associação Brasileira de Arte Rupestre - ABAR. Fundador da Escola Indígena Diferenciada Tuyuka – Utapinopona e membro da Federação das Organizações Indígenas do rio Negro – FOIRN. Pesquisador colaborador do Laboratório de Antropologia Visual e Arqueologia da Imagem – LAVAI/UFOPA.

Fernanda Libório
Bacharela (2011) e mestra (2014) em Arqueologia pela Universidade Federal de Sergipe - UFS; É professora assistente do Centro das Humanidades da Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB; coordenadora do Grupo de Estudos em Arqueologia do Oeste da Bahia e gestora do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Extensão do Centro das Humanidades.

Thiago Florêncio
Mestre em História Social da Cultura (2007) e Doutor em Literatura, Cultura e Contemporaneidade pela PUC-RIO (2014); Professor Adjunto de História Afro-Brasileira e Indígena na Universidade Regional do Cariri - URCA e coordenador do NEDESA (Núcleo de Estudos de Descolonização do Saber).
Sessão Temática 4:
Teoria, Método e Tecnologias em Arte Rupestre.
Os estudos de arte rupestre vêm contando com novas formas de abordagem, onde as instâncias teóricas, metodológicas e tecnológicas mostram-se inovadoras. Nesta multiplicidade de vetores que essa temática vem ganhando, a presente sessão temática pretende expor e estimular maiores discussões acerca das configurações que a pesquisa em Arte Rupestre vêm apresentando na atualidade, tratando da diversidade e inovação na abordagem do fenômeno da arte rupestre, em seus enfoques teóricos, metodológicos e tecnológicos. Com isso, pretende-se expor, nesta sessão, as premissas teóricas, intra e extradisciplinares, que fundamentam a hermenêutica da arte rupestre, bem como a diversidade de aplicações metodológicas para captação, tratamento e interpretação das informações rupestres, e o papel das tecnologias que permitem uma ampliação da percepção das ocorrências rupestres, no que diz respeito a sua execução e das circunstâncias em que estão inseridos.
Coordenadores:

Carlos Xavier Netto
É Bolsista de Produtividade de Pesquisa do CNPq, nível 2. Possui graduação em Arqueologia pela Universidade Estácio de Sá (1986), mestrado em História e Crítica da Arte - Área de Concentração em Antropologia da Arte - pela Escola de Belas Artes (1994) e doutorado em Ciência da Informação pela Escola de Comunicação (2001), ambas da UFRJ, tratando da temática das representações rupestres pré-coloniais.

Carlos Alberto Costa
É Professor adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Pesquisador Associado do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Patrimônio (CEAACP), da Universidade de Coimbra (UC). Museólogo pela UFBA (2001); mestre em Arqueologia / Conservação do Patrimônio pela UFPE (2005); mestre (2007) e doutor (2012) em Arqueologia pela UC-Portugal; cumpriu pós-doutorado, com apoio da CAPES, no PPGDCI/Uefs (2017).

Andrei Isnardis
Possui doutorado (2009) e mestrado (2004) em Arqueologia pela Universidade de São Paulo (USP) e graduação em Ciências Sociais, com ênfase em Antropologia, pela Universidade Federal de Minas Gerais (1995). É professor adjunto do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais e pesquisador do Setor de Arqueologia do MHNJB da UFMG . Atua na área de Arqueologia, sobretudo pré-histórica, com ênfase nos seguintes temas: arte rupestre e tecnologia lítica.
Sessão Temática 5:
Estudos e Desafios da Estruturação, Musealização e Socialização de Sítios de Arte Rupestre.
O objetivo desta sessão temática é refletir sobre as experiências e potencialidades da musealização e socialização dos sítios com arte rupestre no Brasil. Nesse sentido, serão bem vindos nesta sessão, trabalhos que estejam diretamente relacionados a, pelo menos um, dos três eixos considerados importantes para uma efetiva condução dos debates: 1) conhecer as múltiplas experiências em gestão de sítios rupestres musealizados e como os diferentes atores sociais atuam nesses contextos institucionalizados; 2) avaliar os sítios musealizados em território brasileiro, a partir dos parâmetros da conservação preventiva e da comunicação museológica; 3) Apontar a socialização da arte rupestre por meio dos setores da economia criativa, como uma solução viável para atingir o grande público.
Coordenadoras:

Edithe Pereira
Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade Federal do Pará (1982), mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1990) e doutorado em Geografia e História pela Universidade de Valência, Espanha (1996). Atualmente é pesquisadora Titular do Museu Paraense Emílio Goeldi. Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Pré-Histórica, atuando principalmente nos seguintes temas: arte rupestre, pré-história da Amazônia, carta arqueológica e arqueoturismo.

Fabiana Comerlato
Possui graduação em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995), mestrado em História (concentração em Arqueologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1998) e doutorado em História (concentração em Arqueologia) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2005). Pós-doutorado em Ciências Sociais pela UFBA (2006) e pós-doutorado em Desenho, Cultura e Interatividade pela UEFS (2018).

